papel impresso
2,85 × 3,9 m
Praça Clementino Procópio
Campina Grande, Paraíba, Brasil
printed paper
2.85 × 3.9 m
Clementino Procópio Square
Campina Grande, Paraíba, Brasil
Este trabalho foi originalmente concebido para a Galeria Cilindro, uma espécie de totem situado na praça Clementino Procópio, em Campina Grande, Paraíba. Tratava-se de um projeto idealizado pelo artista Julio Leite, que periodicamente convidava um artista para expor um trabalho em papel, colado como um lambe‑lambe na parte externa do cilindro.
Só que o cilindro era, na verdade, o envoltório de um caixa eletrônico do Banco do Brasil, uma casca que protegia uma “máquina de fazer dinheiro”. A pretexto de serviços à população, ela servia principalmente como um campo publicitário, ou melhor, efetuava “um assalto” publicitário de grande impacto visual, com o logotipo do banco pintado no alto de uma coluna metálica amarela.
Visual e conceitualmente estavam dados os elementos para minha intervenção. Realizei meu trabalho, fazendo reverberar as palavras “arte” e “assalto” dialeticamente uma sobre a outra. Na conhecida frase “assalto à mão armada”, substituí a palavra “assalto” pela palavra “arte”, desenhando-as com letras pretas sobre um fundo amarelo, garranchos como aqueles das pichações nos muros que vemos todos os dias, e que simbolizam, elas também, uma reação à propriedade privada.
Vale notar que ARTE À MÃO ARMADA, escrita assim, em letra de forma, é menos do que quando escrita a mão. A ferramenta do artista para enfrentar o mundo é a mão armada. [CG]
This work was originally designed for the Galeria Cilindro, a kind of totem located in the Clementino Procópio Square, in Campina Grande, Paraíba. It was a project designed by the artist Julio Leite, who periodically invited an artist to exhibit a work on paper, glued with wheat-paste on the outside of the cylinder.
Except that the cylinder was, in fact, the covering of a Banco do Brasil ATM, a shell that protected a “moneymaking machine.” On the pretext of services to the population, it served mainly as an advertising space, or rather, it carried out a publicity “robbery” of great visual impact, with the bank logo painted on top of a yellow metallic column.
These were the visual and conceptual elements for my intervention. I carried out my work, making the words “arte” (“art”) and “assalto” (“robbery”) reverberate dialectically on each other. In the well-known phrase “assalto à mão armada” (“armed robbery”), I replaced the word “assalto” (“robbery”) with the word “arte” (“art”), drawing them with black letters on a yellow background, scrawls like the graffiti on walls we see every day and which also symbolize a reaction to private property. It is worth noting that ART under arms, written like this, in block, printing-press letters, is a lesser creation than when it’s cursive, handwritten. The artist’s tool to face the world is the armed hand. [CG]
Você precisa fazer login para comentar.