ESCADA / STAIRS, 1968

desenho em um barranco,
periferia de São Paulo
cerca de 15 × 15 m

drawing on cliff side,
outskirts of São Paulo
about 15 × 15 m

Escada_40x60_MN.jpg
Escada_6.03_slide tratado_MN.jpg

Gosto de pensar este trabalho como um desenho. Talvez um grafismo paleolítico, pois ele evoca a maneira mais primitiva de desenhar – um risco de tinta sobre uma superfície de terra.
Durante um período de greve, saí com um grupo de amigos da escola para fotografar a periferia da cidade. Decidimos parar numa zona quase deserta, lá pelos lados de Santo Amaro, onde uma avenida recém-aberta cortava uma área acidentada entre curvas, buracos e grandes barrancos. Um paredão de terra parecia bom para pintar. Um deles, com a terra estriada horizontalmente, funcionava exatamente como uma escada, pela qual se podia subir e descer livremente. Me aproveitei disso para desenhar nele linhas em ziguezague, como os degraus de uma escada.
A coisa observada (barranco/ degraus de terra) e a coisa desenhada (risco/ esquema), quase na mesma escala, ressoaram uma na outra. Um desenho urbano. [CG]

I like to think of this work as a drawing. Perhaps a Paleolithic graphism, because it evokes the most primitive way of drawing – a line of paint on an earth surface.
During a strike, I went out with a group of school friends to photograph the outskirts of the city. We decided to stop in an almost deserted area near Santo Amaro, where a newly opened avenue cut through a rugged area among curves, holes and large hills. It was a wall of earth that looked good to paint. A part of it, with the earth in horizontal bands, worked exactly like a stair, by which one could go up and down freely. I took advantage of that to draw zigzag lines on it, like the steps of a stair.
The observed thing (hill/earth steps) and the drawn thing (lines/scheme), almost on the same scale, resonated with each other. An urban design. [CG]

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