ESCADAS / LADDERS, 2012

13 escadas
lâmpadas fluorescentes
SESC Belenzinho, São Paulo

13 step ladders
fluorescent light bulbs
SESC Belenzinho, São Paulo

IMG_1882_conv_PPM
SONY DSC
SONY DSC
DSC_0068_JN
DSC_0047_JN
DSC_0066_JN

Instalação realizada no átrio do Sesc Belenzinho, em São Paulo, em 2012, e na nave central da Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro, em 2013.
…Autoportantes, fáceis de carregar e armar, escadas são máquinas simples. Decompõem o esforço do corpo para atingir alturas desejadas pelo olhar. No ritmo dos degraus, cada passo vira alavanca para mover o corpo inteiro, coordenando no plano inclinado a força combinada de braços e pernas.
Hoje, as escadas já são, para nós, utensílios banais. Porém, na memória esquecida, no avesso, são mais que isso. Nasceram como armas de guerra. Foram da primeira geração de máquinas a levar a luta para além do solo, como as pedras e as flechas.
Essa ambivalência me interessava: banalidade e potência a um só tempo – coisa do dia a dia e máquina de vida ou morte…
Desenhei algumas escadas, depois outras, e muitas mais – precisava de muitas, muitas escadas altas. Refiz desenhos, multipliquei as escadas, fiz diferentes ajuntamentos, repliquei degraus…
Escolhi escadas industriais disponíveis no mercado (o que reforçava ainda mais o sentido de utensílio), feitas de alumínio, madeira e fibra, com diferentes tamanhos e proporções, extensíveis, duplas, de encosto, de pintor…
Para enfrentar a claridade do ambiente, imaginei lâmpadas fluorescentes brancas acopladas a cada um dos degraus e das traves verticais.
Para a execução final foi necessário o trabalho incessante e sistemático de muitas mãos, durante algumas semanas, para conectar lâmpadas, reatores, fios, soquetes e disjuntores…, tudo no chão. Isso feito, passou-se ao arranjo final no espaço. Cada uma das escadas foi erguida e encostada em um dos lados da nave central – um só, para demarcar claramente uma vertente e a conquista dramática das alturas. Conjugadas umas às outras, as escadas formaram um conjunto luminoso, de ritmos variados – ensaio de invasão e tomada. [CG]

Installation in the lobby of Sesc Belenzinho in São Paulo in 2012 and in the central space of the Casa França-Brasil in Rio de Janeiro in 2013.
…Self-supporting, easy to carry and assemble, ladders are simple machines. They decompose the body’s effort to reach heights desired by the gaze. In the rhythm of the rungs, each step becomes a lever to move the entire body, coordinating on the inclined plane the combined force of arms and legs.
Today, ladders, to us, are already banal utensils. But in forgotten memory, from another perspective, they are more than that. They originated as weapons of war. They were from the first generation of machines to take the fight beyond the ground, like stones and arrows.
This ambivalence interested me: banality and power at one and the same time – a day-after-day thing and a machine of life and death…
I drew some ladders, then others, and many more – I needed many, many tall ladders. I have made drawings, multiplied the ladders, made different gatherings, replicated rungs…
I chose industrial ladders available in the market (which reinforced even more the sense of utensil), made of aluminum, wood and fiber, of different sizes and proportions, extendible, double, leaning, painter’s…
To cope with the brightness of the environment, I imagined white fluorescent bulbs attached to each of the rungs and the vertical beams.
For the final execution, it was necessary for many hands to work incessantly and systematically for a few weeks to connect lamps, reactors, wires, sockets and circuit breakers… all on the floor. After that was done, next was the final arrangement in space. Each of the ladders was erected and leaned against one side of the central space – just one, to clearly demarcate a slope and the dramatic conquest of heights. Conjoined to each other, the ladders formed a luminous set of varied rhythms – a rehearsal of invasion and capture. [CG]

search previous next tag category expand menu location phone mail time cart zoom edit close