MIGRANTES / MIGRANTS, 2014

526 placas de ferro esmaltado
dimensões variáveis

526 enameled iron plates
variable dimensions

SONY DSC
SONY DSC
P1080500_CG
P1080502_CG
P1080495_CG
P1080491_CG
P1080485_CG
P1080482_CG
P1080414_CG
P1080416_CG
P1080418_CG
P1080424_CG
P1080425_CG

Os nomes de imigrantes foram a primeira chave para a elaboração do projeto. Comecei pelo nome GROSS (livro 1C, p. 81, família 36.346, Arquivo Público do Estado de São Paulo), de minha família paterna. Encontrei depois muitos outros nomes, outros tantos países, datas de partida e de chegada, navios, cidades e núcleos de destino.
Nessa longa e instigante “viagem” sobre outras viagens, recolhi alguns nomes – às vezes, por acaso, outras vezes, pela sonoridade, ainda outras, pela procedência ou idade. Nada com muito rigor, mas com muita atenção. Evoquei lembranças de amigos e conhecidos, imagens e histórias vagas… tudo em movimento…
Então, para fixar tudo isso, escolhi placas metálicas esmaltadas, dessas que se usam para nomear ruas e praças das cidades, com cores e tamanhos variados; escrevi em cada uma delas o nome e o sobrenome de um imigrante e anotei também a idade e o país de procedência. Cada placa, um sinalizador. Cada nome, um monumento.
Soma-se a esse conjunto de placas um outro, contendo nomes de bairros, cidades e acidentes geográficos do estado de São Paulo, grafados em tupi – ARICANDUVA, TREMEMBÉ, TIETÊ, ITU, ANHANGABAÚ –, marca do indígena inscrita em nosso território e que, hoje, experimentamos como traço sonoro e histórico.
Os intervalos e os espaçamentos entre as placas são variáveis, como também o são as cores, de modo a propiciar um arranjo expositivo que entrelace organicamente o estrangeiro e o território. [CG]

The names of immigrants were the first key to the development of the project. I started with the name GROSS (book 1C, page 81, family 36.346, Public Archive of the State of São Paulo) from my paternal family. I then found many other names, many other countries, dates of departure and arrival, ships, cities and core destinations.
In this long and stimulating “voyage” about other voyages, I collected some names – sometimes by chance, at other times by sonority, and in still other instances, by provenance or age. None of it with much rigor, but always with a lot of attention. I conjured up memories of friends and acquaintances, vague images and stories… all on the move…
Then, to affix all this, I chose enameled metal plates, like those used for street names and city squares, with varied colors and sizes; I wrote on each of them the name and surname of an immigrant and I also noted the age and country of origin. Each plate, a sign. Each name, a monument.
Added to this set of plates is another one containing names of neighborhoods, cities and geographical accidents of the state of São Paulo, written in Tupi – ARICANDUVA, TREMEMBÉ, TIETÊ, ITU, ANHANGABAÚ – marks of the indigenous people registered in our territory and which, today, we experience as a sonorous and historical trait. The intervals and spacing between the plates are variable, as are the colors, to provide an expository arrangement that intertwines the foreigner organically with the territory. [CG]

search previous next tag category expand menu location phone mail time cart zoom edit close